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Segundo Domingo na Quaresma (Reminiscere) - 20 de Fevereiro de 2005 |
Ao pedir água (V. 7), Jesus se coloca no mesmo patamar da mulher. Seu pedido a fez ouvir um pouco mais do que Ele tinha a dizer. Ela sentiu a franqueza e o seu interesse altruísta. Seu interesse foi mais despertado pela afirmação: “Se conheceras o dom de Deus... (V.10)”. Tocada, deixa o preconceito e considera a afirmação de Cristo (V. 12). A seguir Cristo fala da promessa apelando para sua consciente necessidade (V. 14). A mulher procurou mostrar-se satisfeita com sua vida. Desconcertada em sua pesquisa na Lei de Deus e dos homens, mas com sede, calou-se. Em todo o seu coração havia sede, um sentimento de carência que Jesus promete satisfazer (V. 13-15). Então vem a ordem, apelando à consciência (V. 16). Não importa como uma pessoa admita ou concorde com a afirmação ou apelo de Jesus, pois jamais encontrará tranqüilidade até que aquilo que está ruim em sua vida for corrigido ou tornado correto. Quando se trata de uma pessoa admitir a afirmação de Jesus, é preciso saber que ela nem tem outra opção.Jesus toca no ponto dolorido da vida da mulher, cuja resposta foi uma meia-verdade. Jesus segue revelando toda a sua vida (V.17,18). Com tal percepção, ela o chama de profeta (V. 19). Jesus também tinha apelado para o seu instinto religioso, adormecido, mas não estava morto ainda. Entretanto, o conceito de religioso da mulher era somente como forma e cerimônia, e imaginava que o erro estava no lugar correto para o culto (V. 20). Jesus lhe informa (V. 21-25) que o problema não era o lugar do culto, mas a essência. Ela nunca tinha adorado no todo. Ao contrário de Maria, mãe de Jesus, que se “entregou” de corpo e alma à Vontade de Deus Salvador e respondeu: “... Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra” (Lc 1.38). Já que Deus é Espírito, o verdadeiro culto não é uma questão de lugar, mas uma realidade espiritual. De fato, Jerusalém foi divinamente apontada como o local de culto por causa da promessa de salvação através dos judeus. Mas veio o tempo onde não na nenhuma restrição local ao culto. Os verdadeiros adoradores não estariam relacionados com locais e símbolos. Em sua resposta, a mulher sugere a necessidade de um mediador para dar o conhecimento pleno de Deus. Agora ela estava pronta para ouvir a Palavra (V. 26). Ela creu? Bom, ela não deu nenhuma resposta verbal, apenas suas ações (V. 28), que eram mais eloqüentes do que a fala. Jesus nos dirige até a Salvação (dom, presente de Deus) Introdução: Embora os judeus evitassem Samaria, Jesus não! Ele sentou-se para descansar, mas esqueceu seu cansaço quando teve a oportunidade de apresentar-se a uma alma adormecida o Dom de Deus. Jesus que sofreu cansaço e sede por nós, vem até nós e argumenta: “Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva” (V. 20). Ele vem a nós novamente hoje e oferece o Dom de Deus, seu próprio ser, para conhecermos e aproveitarmos. I. Jesus nos torna conscientes da nossa necessidade Dele... A. Lembrando que “poços terrenos” não podem saciar nossa sede espiritual 1. Somos como a Samaritana, temos poços (Poço de Jacó) de cujas águas nos gabamos (V. 12) – Dinheiro, sucesso, posses, ambições... 2. Há momentos em que ansiamos por algo mais do que as águas destes miseráveis poços (V.15), às vezes até contaminados. B. Apontando seu dedo sobre o pecado como a causa de nossa sede (V. 16) 1. Jesus condena como pecado as ações que queremos justificar. 2. Nós não podemos esconder de Deus ou apagar esses pecados. Ele conhecia o coração da mulher samaritana. Conhece também o nosso! Se temos necessidade de esconder algo que fazemos, significa que isso não é bom e não agrada a Deus. Não há censura. Nosso coração e segredos estão abertos diante de Deus. Assim como Cristo fez com a samaritana, ele também tocará em nosso ponto dolorido. 3. Aquilo que é ruim em nossa vida deve ser corrigido para termos realização e tranqüilidade. Coisas em nossa vida, mal resolvidas, sempre voltarão a incomodar demandando resolução clara e definitiva. Não se iluda, criar uma máscara e dizer para si mesmo que está tudo bem é um engano. 4. Jesus estimula em nós um desejo pelo dom da salvação que ele nos oferece (V.14). Tal estímulo nos ajuda a corrigir isso e ter a satisfação e realização plena, começando pelo perdão dos nossos pecados. Jesus nos encaminha para conhecermos o dom de Deus. Antes, Ele nos traz uma consciência da nossa necessidade desse dom, de depender Dele, de nos colocar nas mãos Dele e deixar que ele nos conduza para a satisfação e realização plenas. II. Jesus nos Mostra onde encontrar tudo isso... A. Na igreja verdadeira 1. Podemos ficar desconcertados sobre qual igreja é a certa (V.20) quando formos discutir esse assunto com a cultura do olho como os antigos gregos e os fariseus faziam. 2. A igreja verdadeira é aquela em que a Palavra de Deus é ensinada - esta aponta e revela Cristo e sua salvação - e os sacramentos são administrados conforme a vontade de Deus. Aí encontramos o Dom de Deus (V. 22) – a revelação.
B. Entre os verdadeiros adoradores 1. Entre os que não estão presos a qualquer lugar ou ritual em particular. Por causa da salvação por graça e obra de Cristo, a igreja não necessita apresentar obrigatoriamente essa ou aquela estética humana a fim de que o crente em Cristo mostre-se alinhado com a vontade de Deus ou convicto da salvação. Isto oculta Cristo. A salvação não depende e nem necessita disso. 2. Entre os que adoram o verdadeiro Deus em Espírito e verdade (V. 23). O que vem a ser isso?
C. No próprio salvador 1. Jesus revela-se a nós (V. 26) na palavra e sacramentos. Não há mais nada a ser dito e nem acrescentado. Aqui o homem deve calar e deixar Cristo falar. Jesus não promulga novas leis a samaritanas, apenas faz constatação em sua vida e dá-se a conhecer. Jesus não se apresenta na Escritura como um moralista, apenas evidencia os pontos doloridos em nossa vida e atrai-nos para Si. Ele busca pecadores perdidos, condenados e que estão com sede e com vidas vazias. 2. Nós podemos tê-lo agora, assim como estamos ou somos, em nossa sede e vazio. O pecador não precisa mudar sua conduta. A única pessoa que pode transformá-lo é Jesus e, ele o fará, desde que o pecador creia ou se aproprie do que Cristo conquistou para ele. 3. Jesus é o presente de Deus que satisfaz, que realiza todo o necessário, que apaga tudo aquilo que pesa e incomoda, bem diferente da cultura hedonista e legalista de nosso tempo à qual tantos se apegam para se sentir amados por Deus (V. 28-29) Conclusão: Se em seu coração há sede, um sentimento de carência e vazio, cabe aqui a pergunta: Você conhece o dom ou presente de Deus? Jesus lhe diz: “Eu que falo com você, sou o dom, o presente de Deus para você”. Confie a sua vida a Jesus e então poderá confessar com paz no coração: Diz Jesus, o Redentor: Quem tem sede, venha a Mim. José Aragão – Brasília – DF – Brasil
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